sábado, 22 de outubro de 2016

Buracos negros em colisão:Segunda detecção de ondas gravitacionais


      Vamos a um post sobre ondas gravitacionais,claro que como todo post que faço aqui,vamos com uma leve introdução,e um post de fácil compreensão,o texto é curto..então nerds..vamos à matéria  ..




      Na física, as ondas gravitacionais são ondulações na curvatura do espaço-tempo que se propagam como ondas, viajando para o exterior a partir da fonte. Previstas em 1916 por Albert Einstein com base em suateoria da relatividade geral, e detectadas em 2015, as ondas gravitacionais transportam energia na forma de radiação gravitacional.
 A imagem ao lado (GIF) exemplifica a curvatura do espaço-tempo causada por uma colisão entre dois corpos maciços.   
       durante a 228a Reunião da Sociedade Astronômica Americana, em San Diego, o consórcio internacional de pesquisadores responsável pela primeira descoberta anunciou uma segunda detecção de ondas gravitacionais. O evento que a gerou aconteceu cerca de 1,4 bilhão de anos atrás, quando dois buracos negros (a exemplo da primeira detecção) espiralaram um ao redor do outro até se fundirem, numa monumental colisão.
Quando objetos com muita massa se deslocam pelo espaço, eles produzem flutuações no próprio tecido do espaço-tempo — como se o espaço fosse a superfície de um lago, e os buracos negros fossem objetos se deslocando por ele e produzindo ondas em sua superfície conforme se deslocam.
     Em geral, os movimentos dos objetos celestes são muito suaves para produzir marolas detectáveis. Mas quando dois objetos com muita massa se deslocam um ao redor do outro perto da velocidade da luz e terminam por colidir, é como se uma pedra fosse subitamente atirada no lago do espaço-tempo, produzindo grandes oscilações que se propagam em todas as direções — e aí as ondas gravitacionais se tornam detectáveis por nossos instrumentos mais sensíveis.
        A exemplo da detecção inaugural, feita em 14 de setembro de 2015, essa também envolve a colisão de dois buracos negros. Mas dessa vez os objetos são bem menores, com respectivamente 14 e 8 vezes a massa do Sol. Ao se fundirem, produziram um buracão negro de 21 massas solares — o que significa dizer que o equivalente a um Sol inteiro foi dissipado na forma das ondas gravitacionais, que o LIGO conseguiu detectar a 1,4 bilhão de anos-luz de distância. Os resultados foram descritos em artigo aceito para publicação no periódico “Physical Review Letters”.
      Na primeira detecção, os buracos negros em colisão tinham 29 e 36 massas solares — objetos tidos como atípicos pelos astrofísicos, pois as supernovas que observamos hoje (estrelas de alta massa que explodem suas camadas superiores após esgotarem seu combustível) não teriam massa suficiente para, após sua detonação, produzir buracos negros desse tamanho aí.
“Os modelos astrofísicos não preveem para essas estrelas massas maiores que 100 massas solares, portanto elas, nesses modelos, não conseguiriam formar buracos negros de 30 massas solares”, explica Odylio Aguiar, pesquisador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e membro da Colaboração LIGO — o consórcio internacional de cientistas que analisa os dados do observatório americano.
“Entretanto, existem fortes indícios de que a primeira geração de estrelas poderia ter um limite muito maior — algo como 500 massas solares. Para essas seria fácil produzir um buraco negro de 30 massas solares”, complementa. “Portanto, existe a hipótese de que os buracos negros do evento GW150914 [sigla para Onda Gravitacional de 14 de setembro de 2015] teriam sido oriundos das primeiras estrelas formadas no Universo.”
Já a segunda detecção, GW151226 [26 de dezembro de 2015], envolve buracos negros “convencionais”, produzidos por restos de estrelas de gerações mais recentes. Mas não é por isso que o evento é menos interessante — ele permite pela primeira vez investigar a física de buracos negros a fundo, algo que evidentemente não se pode fazer com observatórios convencionais, que colhem luz 
   E é importante notar que não é só de buracos negros que vive a geração de ondas gravitacionais — estrelas de nêutrons, que são um pouco menos densas, mas ainda assim reunem muita massa, também podem gerá-las.

Videos  recomendados:
Video em inglês..

Um canal no youtube que recomendo é o físico turista:

Série de vídeos do canal "Primata Falante",sobre ondas gravitacionais,esse é o primeiro de quatro,recomendo que dê uma passadinha lá para ver todos os videos da série. 

nerdologia:
 

Outro video do nerdologia,sobre buracos negros:



Fonte: WWW  e WWW


até mais e obrigado pelos peixes...

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